Reveillon na Alemanha se chama Silvester, por conta do dia 31, dia do santo católico, que foi o papa responsável pelo fim da perseguição aos cristãos durante o Império Romano. No Brasil o termo é conhecido por conta da famosa maratona de São Paulo. Aqui é sinônimo de ano novo, ou melhor, de último dia do ano, o que dá no mesmo. Apesar da diferença no nome, a prática de soltar rojões e fogos de artifício não é diferente do Brasil. Observei ontem no supermercado: fui tranquila, sem pressa então tive tempo de ver crianças afoitas na gôndola dos fogos a espera do pai para efetivar a compra; o trabalho do funcionário, que trouxe 3 caixas enquanto eu estava ali. As embalagens são muito bem elaboradas, coloridas, bem diferentes dos produtos toscos cor de papelão que existem no Brasil. Muitos com a etiqueta bem vizível de "Made in Alemanha", em bom inglês. Tirei essa foto:
Eu li que a virada de ano é como uma guerra, perigosa e cheia de acidentes. A festa no Brandenburgtor promete, mas a concorrência de espaço me desanimou. A noite é de shows musicais e espetáculo de fogos. É preciso chegar muito cedo pra ficar na área de proteção, onde não se entra com garrafas e a polícia faz seu trabalho. Disseram que fora desse espaço, a coisa fica perigosa. O frio é outro fator fudamental. Neva em Berlin hoje. Vamos numa festa de artistas aqui no bairro mesmo, depois do jantar com Michel e Laurence.
Vi um cartaz na estação do metrô que me chamou a atenção: "Você quer saber como se solta fogos corretamente?" Com apoio principalmente dos bombeiros, da polícia e da AOK – Die Gesundheitskasse, que é o sistema de saúde daqui, trata-se de um concurso de vídeos ou clips musicais que promovam a conscientização dos perigos com os fogos de artifício nessa época do ano. E tem premiação em dinheiro. Vale a pena dar uma olhada no site do Verknallt an silvester. A cada ano, só em Berlin, cerca de 500 pessoas sofrem ferimentos dos mais diversos tipos provocados por fogos de artifício. Vídeos educativos, enfim.
Eu acho Berlin super cinema: topo constantemente com gente que trabalha na indústria cinematográfica. Quase toda semana vejo cenas na ruas de gente fazendo cena, literalmente, com câmeras e microfones forrados de pelúcia. Vale dizer que estou sendo contaminada...
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