No início de novembro passado um dos goleiros da seleção de futebol, Robert Enke chocou o país ao se jogar em frente a um trem nas proximidades de Hanover. Programas de rádio e televisão trataram do assunto, trazendo em debate o tema do suicído na Alemanha. Revistas semanais e jornais publicaram sobre o assunto, especulando os motivos e incomodando a família. Jovem bem sucedido, querido pelos colegas, escondeu uma depressão iniciada desde a morte da filha bebê há cerca de 2 anos. Era caridoso e admirado pelos torcedores. E a pergunta que a Alemanha toda se fez: porque?
O tema é visto como problema quando se observa os números. Só em Berlin foram 347 suicídios em 2008. Números de 2004 indicaram um suicídio a cada 47 minutos na Alemanha. Anualmente são cerca de 11 mil. Eu percebi a gravidade do problema quando observei uma chamada na televisão do metrô, que oferece apenas imagens, não som. Era uma animação em que um jovem anda cabisbaixo na rua, triste e desestimulado, com imagens em branco e preto. Já em casa, pensativo, ele vê pela janela um telefone de ajuda estampado num outdoor. Ele liga e quando encontra alguém do outro lado da linha disposto a ajudá-lo, as imagens do desenho ficam coloridas e ele sorri. Então é divulgado um telefone, que pretende ajudar pessoas com pensamentos suicídas. Quando se decide divulgar assim, num meio de massa, um telefone de ajuda, é sinal que as estatísticas preocupam. Parece ser um problema de saúde pública.
O tema é visto como problema quando se observa os números. Só em Berlin foram 347 suicídios em 2008. Números de 2004 indicaram um suicídio a cada 47 minutos na Alemanha. Anualmente são cerca de 11 mil. Eu percebi a gravidade do problema quando observei uma chamada na televisão do metrô, que oferece apenas imagens, não som. Era uma animação em que um jovem anda cabisbaixo na rua, triste e desestimulado, com imagens em branco e preto. Já em casa, pensativo, ele vê pela janela um telefone de ajuda estampado num outdoor. Ele liga e quando encontra alguém do outro lado da linha disposto a ajudá-lo, as imagens do desenho ficam coloridas e ele sorri. Então é divulgado um telefone, que pretende ajudar pessoas com pensamentos suicídas. Quando se decide divulgar assim, num meio de massa, um telefone de ajuda, é sinal que as estatísticas preocupam. Parece ser um problema de saúde pública.
Achei interessante outro termo: "Freitod", algo como morte livre, ou liberdade de morrer. Há também o "selbstmord", algo como matar-se.
Eu sempre ouvi dizer que o índice de suicídios em países frios é mais alto e essa temporada de inverno em Berlin, tem me ajudado a entender in loco como a coisa funciona. Primeira constatação: um céu cinza, sem sol, onde o dia vai embora antes das 5 da tarde, deprime, enruga a vida, numa metáfora de mal gosto. Agora entendo a importância do sol. Deixo uma imagem da minha janela, feita ao meio dia.
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